Com o passar dos anos vemos o quanto tudo se tornou tão supérfluo, o quanto tudo hoje é substituído.
E de pensar que alguns anos atrás tudo fazia mais sentido, tudo era mais gostoso, e tinha sabor de quero mais, não tínhamos tantos concorrentes e as coisas duravam anos luz.
Eu por exemplo sou da época do curso de datilografia e que só no final do curso se passava para máquina elétrica, e que a gente se achava quando chegava nessa etapa.
Ah a época da escola: (Melhor fase)
Na escola adorava aquele cheiro de álcool que vinha nas folhas que passavam pelo mimiógrafo;
No dia do aniversário de alguém ai de quem aparecesse por lá, pois na hora de ir embora dava aquele friozinho na barriga com medo dos tais ovos e farinha na cabeça;
Na sala de aula usava caneta 10 cores com cheiro, tinha aqueles estojos do Paraguai com mil e um botões e que dentro vinham, cola, tesoura, borracha, apontador, lápis, canetinha e mais uma “tranqueira” de coisas;
Na hora do recreio, isso mesmo recreio, era assim que falávamos o famoso intervalo de hoje, após aquele lanche reforçado que vinha naquelas lancheiras de plástico comíamos aqueles cigarrinhos de chocolate, comia o Lollo antes dele mesmo se chamar Milk Bar;
E antes de voltar pra sala de aula ainda dava tempo de passar o caderno de perguntas pra todo mundo responder os questionários, e que no final tinha aquela tradicional pergunta de quem você gosta e deixe um recado para dona do caderno.
Que atire a primeira pedra aquela que nunca foi direto ao fim do caderno só pra ver se aquele menino gostava de você ou pra saber se o recado dele era uma confissão.ahuahua
Ai sim, voltávamos no começo do caderno para ler as outras respostas.
E pra fechar com “chave de ouro” no fim do ano ia com a camiseta de uniforme mais velha pra que todo mundo escrevesse nela;
No meu caso escondia a minha para minha mãe não jogar fora pelo menos até o fim do outro ano;
Em casa adorava ler gibis da Turma da Mônica e Luluzinha ao som de New Kids on the Block;
Logo depois passava pra sessão vídeo game com o aquele primo vizinho que adorava ganhar de mim no River Raid ou no Atari, mas que quando ele ia embora eu me esbaldava no come - come e adorava passar de fase no Aladim;
A tardezinha quando mamãe deixava brincar na rua tinham várias brincadeiras favoritas como: estátua, batata quente, passa anel, queimada, pega-pega, esconde-esconde, cobra cega, garrafão, boca de forno, forca, adedonha, amarelinha, elástico, revezar no pogo bol, caiu no posto, casamento atrás da porta e STOP;
Ufa...quanta brincadeira divertida e que tinha gosto de quero mais;
No intervalo dessas brincadeiras ainda dava tempo de passar a pasta preta de plástico pra todas amigas com os novos papeis de carta com cheiro, que minha mãe tinha trago na hora do almoço;
No guarda roupa tinha a bota da Xuxa, usava Melissa de todas as cores mesmo fazendo calos no calcanhar e colocava o chaveirinho que vinha junto com elas no zíper da mochila de ir para escola;
Usava brincos de adesivos com formato de coração, estrela, triângulo e ainda ao sair de casa usava aquelas pulseiras com nome de bate enrola que eram como réguas que batia no braço e elas enrolavam toda;
Ah sem esquecer que no braço esquerdo vinham aqueles relógios com pulseiras coloridas e que hoje viraram moda novamente.
Colecionava garrafinhas de coca cola com o cuidado de não beber o líquido que vem dentro porque mamãe dizia ser veneno, hauahua.
Enquanto brincava de Io io da Coca Cola, Fanta e Sprite chupava chiclete Ping Pong gigante, balinhas Soft, mini chicletes ou daqueles pirulitos pirocóptero que vendiam em qualquer mercearia da esquina;
Em cima da cama tinha o Fofão mesmo com uma lenda urbana que os concorrentes inventavam para ninguém mais comprar, o Topo Gigio, o Poney de vários cabelos coloridos e as pouquíssimas barbies que ganhava todo fim de ano claro SE passasse.
Dos desenhos animados que via bebendo um copo de leite com Quick de morango, aqueles, que não desgrudava os olhos eram: Ursinhos Carinhosos, Smorf, Thundercats, Caverna do Dragão, He-mam, Shera e claro o imperdível Chaves as 17:00h da tarde cravadas.
Nos fins de semana na casa das primas dançava lambada com a tal saia rodada ao som de Sidney Magal “Chorando se foi, quem um dia só me fez chorarrrrrrrrrr”;.
Tinha mania de dançar Jazz na frente do espelho tentando imitar a moça do filme Flash Dance e sem esquecer da famosa polaina;
E depois quando cansávamos íamos encher nossas agendas de adesivos e papeis de chocolates e balas que ganhávamos de “amigos” queridos na escola;
Ah como era boa essa fase, como queria voltar no tempo e poder viver tudo isso.
O tempo passou, as marcas aumentaram, as brincadeiras modernizaram, e agora o que nos resta é se atualizar e manter tudo isso apenas como algo bom e que nos fez tão bem um dia.
Hanny Angele viveu tudo isso e mais um pouco.