quinta-feira, 6 de agosto de 2015
Depois de 5 anos
Desde o primeiro dia em que escolhi o curso de Relações Públicas, eu sabia que não agradaria aos olhos de minha mãe e muito menos agradaria "meu bolso" com ótimos salários, carro do ano ou viagens turísticas semestrais, porém, sabia que aquilo tinha tudo a ver comigo.
Relacionar, relacionar e relacionar...sim, tinha muito a ver comigo.
Mas o que eu não imaginava de fato, era que as pessoas pensariam que eu era apenas uma divulgadora de festas (promoter), ou que eu serviria apenas pra fazer "reuniõezinhas", "cafézinhos", "festinhas" ou no máximo um Happy Hour;
Também não imaginava que quando eu falasse que trabalhava com mídias sociais teria que ouvir: "Ah, isso é fácil, é só escolher uma foto legal no Google, frases emotivas e impactantes e pronto, isso até minha irmã mais nova faz";
Não imaginava que as pessoas achariam que a vida "Bohemia" de estar em festas era super simples e pra isso eu nem precisaria cobrar, afinal estava me "divertindo";
Não imaginava que eu chegaria após 5 anos e ouviria: "Mas RP faz o que mesmo?";
Confesso já ter vivido tudo isso e mais um pouco, desde pequenas a grandes festas, desde redes sociais de pequenas empresas como de um forte nome político, desde um restaurante de cultura japonesa a outro intercontinental, e sem contar os famosos bicos como assessoria de imprensa, sim, porque para alguns o assessor de imprensa tem mais força que um RP, não que não seja, mas porque cada um tem sua função SIM.
Mediante o texto do link do querido Guilherme Alf (abaixo) que já tive o prazer de conhecer pessoalmente no último Congresso Internacional de Relações Públicas (Salvador - BA), posso dizer que HOJE estou na zona dos que perderam a esperança, calma, não iria falar tão bem daquilo que escolhi como profissão para hoje mudar de ideia, mas eu disse hoje, amanhã não sei o que o futuro me reserva.
Tive sim que sair da área pra abrir novos horizontes, um dos motivos? Vou esquecer a falta de remuneração da classe e as oportunidades do mercado e vou citar apenas então a crise econômica que o Brasil está vivendo, não tive outra alternativa.
Apesar de que não deixei de me relacionar, afinal um bom vendedor só vende se for um bom mediador, se for um bom articulador, se for um bom comunicador.
Graças a DEUS sendo RP ou não, me comunicar eu sempre soube, sempre gostei e acredito que nunca vou deixar de me simpatizar pelo olho no olho.
Mas depois disso tudo ainda posso dizer que mesmo sabendo que a profissão de Relações Públicas já tem seus exatos 100 anos, e poucos sabem disso, tenho orgulho em dizer que sou uma RP em busca do aprendizado, do relacionamento cada dia mais digital mas com muito sentimento envolvido, afinal poucos também sabem, mas grande parte das ações mais vistas na internet e que mexem com a cabeça e psicológico das pessoas, tem dedos de muitos bons RPs de uma determinada empresa.
Torço muito para que esse cenário mude e apesar de HOJE ficar aqui assistindo muitos amigos meus fazendo o que deveria eu estar fazendo, não se assuste se amanhã ou depois eu me juntar novamente a eles, mas é que também como RP tenho esse espírito de garra e determinação.
Uma vez golfinho, pra sempre golfinho.
Uma vez RP, pra sempre RP.
Hanny Angele, Relações Públicas.
Sobre o link citado acima: https://medium.com/@publi/rela%C3%A7%C3%B5es-p%C3%BAblicas-existe-h%C3%A1-100-anos-no-brasil-e-quase-ningu%C3%A9m-sabe-o-que-a-gente-faz-fb2435b812f6
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